domingo, 10 de janeiro de 2010

ANÁLISE DO ENSINO-APRENDIZAGEM NOS NOVOS ESPAÇOS DE ENSINAR E APRENDER: DESAFIOS METODOLÓGICOS - QUEBRA DE PARADIGMAS


Faculdade KURIOS – FAK
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO
Curso de MESTRADO CIÊNCIAS em EducaçãO
DISCIPLINA: TECNOLOGIA DA EDUCAÇÃO
PROFESSORA: ELIZABETH GOMES PEREIRA











ANÁLISE DO ENSINO-APRENDIZAGEM NOS NOVOS ESPAÇOS DE ENSINAR E APRENDER: DESAFIOS METODOLÓGICOS - QUEBRA DE PARADIGMAS








Josaphat Soares Neto
jsoaresnet@hotmail.com















Fortaleza - Ce
2010



SUMÁRIO


Título: ANÁLISE DO ENSINO-APRENDIZAGEM NOS NOVOS ESPAÇOS DE ENSINAR E APRENDER: DESAFIOS METODOLÓGICOS - QUEBRA DE PARADIGMAS
Introdução

1.1 Problemática e problema (objeto de estudo)


1.2 Objetivo(s)


1.3 Justificativa(s)


2 Quadro teórico

2.1 Análise avaliativa da formação de professores para uso do computador e os novos espaços de ensinar e aprender
2.2 Análise avaliativa do ensino e da aprendizagem: novos espaços de ensinar e de aprender

3 Procedimentos metodológicos de investigação
3.1 Cronograma de execução da pesquisa
3.2 Delimitação do local da pesquisa
3.3 Coleta dos dados
4. Considerações
5 Referências


Título: ANÁLISE DO ENSINO-APRENDIZAGEM NOS NOVOS ESPAÇOS DE ENSINAR E APRENDER: DESAFIOS METODOLÓGICOS - QUEBRA DE PARADIGMAS

1 Introdução
Com o avanço tecnológico a sociedade passa por diversas e rápidas transformações e estas impõem mudanças de caráter comportamental. No cotidiano escolar percebemos diariamente que o ensino e a aprendizagem ainda se apresentam de forma engessada, limitando os docentes de se apropriarem das novas tecnologias, o que pode ser causado simplesmente pela falta de conhecimento do computador.
Para reverter tal cenário e chegarmos um nível mais desejável na qualidade da educação, compreendemos que é necessário trabalhar efetivamente a formação dos professores, porém antes é preciso enfrentarmos um processo avaliativo dos novos espaços de ensinar e aprender, bem como a quebra de paradigmas antigos. Isto pressupõe a aquisição de conhecimentos tecnológicos, como o uso do computador e sua inserção na prática pedagógica. Tal atitude acarretará mudanças na visão da práxis do professor, agindo como gerador de novos caminhos, o que pode ser decisivo para a implementação de um novo modelo ensinar e aprender.
Portanto, avaliar de forma coerente os novos espaços de ensino-aprendizagem contribui para influenciar diretamente em mudanças expressivas na ação docente, pois muitas vezes o professor não percebe que sua visão teórica reflete um modelo de ensino ultrapassado que não condiz com uma prática docente inovadora, desta forma, a atitude do professor deve ser construtivista, geradora de diálogos para que a aprendizagem ocorra num processo que envolva múltiplos variantes como, por exemplo, a reflexão defendida por Dewey(1979), a construção do conhecimento mencionada por Piaget(1978), o aluno como sujeito da aprendizagem como diz Paulo Freire(1995).
Desta forma, no campo da formação docente se consubstancia necessário um aprofundamento teórico-metodológico capaz de ampliar a compreensão dos problemas enfrentados pelos docentes, condição necessária para a superação de alguns dos entraves crônicos e outros mais recentes que vão se infiltrando e cristalizando nesse âmbito. Com base nessa problemática, esta pesquisa propõe uma avaliação do ensino-aprendizagem nos novos espaços de ensinar e aprender, considerando os desafios metodológicos, visando a quebra de velhos paradigmas e suas implicações no contexto escolar que emperram a evolução do ensino-aprendizagem, desse modo, propomos para avaliar a efetivação dessa nova prática educacional a plataforma TelEduc, Solar e Moodle por serem AVA –Ambiente de Aprendizagem acessíveis.
A pesquisa visa avaliar esses novos espaços de ensinar e aprender, buscando uma proposta metodológica que envolva o computador para ampliar e reformular conceitos. Ainda, consideraremos para transpor os desafios metodológicos e quebrar velhos paradigmas e suas implicações no contexto escolar, o modelo construcionista de Papert (1986):
(...) que denominou de construcionista a abordagem pela qual o aprendiz constrói, por intermédio do computador, o seu próprio conhecimento (papert, 1986). Ele usou esse termo para mostrar um outro nível de construção do conhecimento: a construção do conhecimento que acontece quando o aluno constrói um objeto de seu interesse, como uma obra de arte, um relato de experiência ou um programa de computador. Na noção de construcionismo de Papert existem duas idéias que contribuem para que esse tipo de construção do conhecimento seja diferente do construtivismo de Piaget. Primeiro, o aprendiz constrói alguma coisa, ou seja, é o aprendizado por meio do fazer, do "colocar a mão na massa". Segundo, o fato de o aprendiz estar construindo algo do seu interesse e para o qual ele está bastante motivado. O envolvimento afetivo torna a aprendizagem mais significativa.

Podemos perceber que o construtivismo, desse modo, assume fundamentalmente a idéia de que o indivíduo é agente ativo de seu próprio conhecimento, isto é, ele constrói significados e define o seu próprio sentido e representação da realidade de acordo com suas experiências e vivências em diferentes contextos, assim sendo, fundamenta a nova forma de ensinar e aprender.

1.1 Problemática e problema (objeto de estudo)
O projeto elaborado estratifica como foco principal avaliação do ensino-aprendizagem nos novos espaços de ensinar e aprender buscando uma proposta metodológica que envolva o computador para minimizar os desafios metodológicos, quebra de paradigmas, focalizando como estratégia, metodologia de ensino-aprendizagem o uso pedagógico do computador. Assim, é intenção se trabalhar com essa ferramenta tecnológica, para avaliar o desenvolvimento e melhoria do processo de ensino-aprendizagem na Educação. Ilustrando, tal cenário poderá ser caracterizado desde a fase elaboração de um simples material didático de apoio teórico até a concepção de uma ferramenta didático-tecnológica.
O docente tem como desafio transformar a escola em um ambiente realmente atrativo e moderno, desse modo, queremos avaliar se o computador e os novos espaços e ensinar e aprender podem juntos ser a ponte para amplificar esse processo sem, no entanto, reproduzir com a tecnologia os modelos tradicionais, procurando proporcionar aos alunos conhecimentos que facilitem suas vidas, que os tornem seres produtivos e desenvolvam suas habilidades e crescimento intelectual, tendo em vista que as facilidades de transmissão e disseminação de informações proporcionam ao indivíduo um crescimento tecnológico.
Todavia não se trata de se criar condições para o docente meramente dominar o computador ou os softwares educativos, mas, irrevogavelmente a formação deve ser pensada para auxiliá-lo a desenvolver conhecimento sobre o próprio conteúdo e sobre como o computador pode ser integrado no desenvolvimento desse conteúdo.
As dificuldades que os professores sentem no uso do computador caracterizam-se aliadas às dificuldades de acesso ao mesmo em sua formação inicial, na falta de uma política de formação em serviço e em alguns casos, ainda na ausência de recursos tecnológicos nas escolas.
Desta forma, pretendo interagir com professores e alunos da educação básica (a ser melhor definido durante a realização do doutorado), no contexto da escola pública, num ambiente informatizado e onde surjam novos conhecimentos, mediados pelo professor e que proporcionarão um ambiente propício ao ensino e a aprendizagem, incentivando-os alunos a desenvolverem sua autonomia e criatividade, estabelecendo pedagogicamente uma relação de interatividade.
Deste modo é preciso, para que haja um desencadeamento dos propósitos inseridos nessa pesquisa, que o professor assuma uma postura reflexiva, onde ele, segundo Meirieu(1996), citado por Perrenoud (2002 p. 18) irá: “Aprender fazendo a fazer o que não sabe fazer”.
Almejamos nessa pesquisa que o professor, enquanto sujeito da ação docente, valorize suas experiências pessoais, suas incursões teóricas, seus saberes sobre sua ciência, na prática, possibilitando durante o processo que se aplique novos significados à sua prática e, finalmente, compreenda e enfrente as dificuldades com as quais se depare no dia-a-dia na construção do conhecimento, e construiu esse projeto de pesquisa tendo como princípio esclarecer e desenvolver no educador habilidades de gerar e disseminar esse novo conhecimento , norteado pelo seguinte objetivo geral que visa avaliar o ensino-aprendizagem nos novos espaços de ensinar e aprender. Especificamente visamos: constatar as dificuldades do professor no desenvolvimento de atividades que envolvam esses novos conhecimentos; conferir as atividades propostas pelos professores verificando se estão norteadas pelo uso das tecnologias de comunicação e informação; avaliar se há uma interatividade entre as tecnologias de comunicação e informação e professores e alunos; avaliar por meio os AVA verificando se o professor sente-se a vontade na aplicabilidade dessas tecnologias de comunicação e informação dentro da sala de aula; avaliar situações em que o aluno e o professor utilizem os novos espaços de ensinar e aprender para facilitar a aprendizagem .
Com base nos objetivos acima e explicitando melhor o que almejamos com essa pesquisa é efetivar um processo avaliativo com base nos AVAs, como a plataforma TelEduc, Moodle e o Solar.
Acreditamos que na busca de quebra de velhos paradigmas que permeiam essa nova forma de ensinar e aprender é que possamos realmente tornar o processo educacional dinâmico e integrador revelado por meio da prática e da reflexão na busca da razão de ser da práxis.

1.2 Justificativa
A gênese de nosso interesse por esse tema se efetivou na nossa vivência e prática docente, enquanto tutores on-line de cursos à distância, semi-presenciais. Participamos ativamente da tutoria de algumas disciplinas, módulos e cursos os quais nos despertou para propor em nível de doutorado uma pesquisa que viabilizasse e confirmasse nossa prática docente.
Durante nossa participação nos cursos à distância foi possível nos apropriar de vários AVEA -Ambiente Virtual de Ensino-Aprendizagem , por considerarmos que aprender faz parte de investigação e análise reflexiva das práticas, desse modo podemos citar alguns ambientes tais como: TelEduc, Moodle, Solar, dentre outros como ferramenta de apoio para nossa avaliação do ensino e aprendizagem.

Deste modo a introdução do computador no contexto educacional trouxe um universo de informações e ânimo renovado para as escolas, porém iniciou-se o círculo de dificuldades na apreensão do uso educacional do computador que é presente e pertinente dentro do contexto escolar.
Os professores precisam ver o computador como ferramenta de suporte didático para aquisição de determinado conhecimento, considerando as oportunidades de comunicação que a ferramenta pode proporcionar, colaborando também no desenvolver do papel de professores e alunos, atuando ambos como colaboradores.
Diante do desenvolvimento desse novo conhecimento tecnológico, faz-se necessário ao professor assumir uma nova postura, que contemple os novos espaços, como nova forma de ensinar e aprender.
O computador pode modificar e reorientar o espaço físico da sala e aula e também as dinâmicas de ensino e de aprendizagem. Porém o professor deve sentir-se pronto para explorar essa ferramenta, pois, esta traz desafios para o professor que precisa praticar, para de forma gradual e em longo prazo se familiarizar e dominá-la.
Esse projeto tem como foco principal analisar o ensino e a aprendizagem nos AVA, focalizando como estratégia e metodologia de ensino e aprendizagem o computador, visando um trabalho investigativo e avaliativo com o professor x aluno no contexto escolar com a devida competência de um modelo de ensino que incorpore tecnologia conectada ao conhecimento.
Para tanto precisamos avaliar com seguridade e propriedade esses novos espaços para de uma forma científica apresentar resultados eficazes afim de incentivá-los a prática diária, tendo em vista que no século XXI essa é a nova forma de ensinar e aprender.

2 Quadro teórico

Abordaremos no quadro teórico temas como a Formação de professores, avaliação do ensino-aprendizagem - ferramentas, estratégias, critérios, padrões e principalmente os AVA. As propostas metodológicas que darão suporte e fundamentação teórica ao projeto de tese que serão aprofundados durante o desenvolvimento da pesquisa.
2.1 Análise avaliativa da formação de professores para uso do computador e os novos espaços de ensinar e aprender
A formação de professores tem sido alvo de diversas discussões, pesquisas e propostas, por parte de pesquisadores como Bourdieu (2004), Imbernón( 2000), Pimenta (2002) e por parte também do Governo Federal.
É possível encontrar no contexto da escola um professor reflexivo? Perguntas como essa todos os dias são elaboradas por pesquisadores.
No entanto há que se considerar que existem propostas alternativas as políticas conservadoras e que mesmo as críticas a elas levantadas podem oferecer algumas contribuições para a melhoria da formação docente, sem, contudo, resolver a diversidade de problemas enfrentados nessa área.
Nesta perspectiva, é importante salientar que não há uma proposta que venha resolver a complexidade dos problemas enfrentados no terreno da formação docente. Por isso, o trabalho nesse campo só pode avançar desde que as tentativas e alternativas de melhoria se abram para as críticas na busca da superação de seus limites e entraves.
Também é importante considerar que mudanças na formação docente têm como limite os próprios interesses e valores que orientam os docentes e que presidem a cultura das escolas. Para avaliar e analisar tais interesses e valores é preciso identificar e observar os novos elementos que se infiltram com grande vigor nos sistemas de ensino no sentido de gerenciá-los de forma mais eficiente. Essas novas formas de gerenciamento não são exclusivas dos sistemas de ensino, mas encontram-se disseminadas nos diferentes setores do sistema público.
Trazendo essa discussão para a constituição deste projeto é importante que o atual professor perceba que ensinar é diferente de simplesmente ‘dar aulas’, pode-se perceber que um bom professor, além de reflexivo, conhece bem o que vai ensinar aos seus alunos e reconhece que hoje existem vários novos espaços que ultrapassam os muros da escola. Portanto, não podemos mais pensar em um ensino que não contemple e nem explore os diferentes espaços na Educação, é importante perceber que o computador passa informação ao aprendiz e pode auxiliá-lo no processo de construção do conhecimento e de compreensão dos conteúdos. Ao implantar essa nova forma de ensinar nas escolas deve haver uma preocupação pertinente com o devido preparo de professores e da comunidade escolar, pois do contrário não trará os benefícios esperados.
Deste modo, o uso das ferramentas tecnológicas na escola nos faz refletir sobre várias questões pertinentes que pretendemos responder ao longo da pesquisa e de acordo com a visão que formos delineando a respeito do uso educacional da tecnologia, como:
· Reconhecem e aceitam espaços que ultrapassam a sala de aula?
· Como professor e aluno percebem essa nova forma de ensinar e de aprender?
· Quais as limitações que eles têm diante desses novos espaços?
· Eles reconhecem que precisam conhecer os AVA para usá-los?
· Como avaliam o ensino e a aprendizagem diante dos novos espaços de ensinar e aprender?
Deste modo, avaliar o uso dos AVA é pertinente, pois é uma realidade cada vez mais presente na vida dos educadores e educandos. Tendo em vista que estudos apontam um papel de destaque para o professor em ambientes de aprendizagem informatizados e, assim, desaparece o espectro da barganha do professor pela máquina e cada vez mais escolas e professores procuram se apropriar dos melhoramentos gerados pelo uso do computador e dos AVA.
A utilização do computador na escola, de uma forma geral, dar-se para complementar parte do sistema em vigência, ou para subsidiar o processo educacional em sua amplitude. Desse modo, sentimos a necessidade urgente de avaliar o ensino-aprendizagem nos novos espaços de ensinar e aprender, por considerarmos um grande desafio metodológico e por visar a quebra de velhos paradigmas e por tudo isso agir diretamente dentro da realidade escolar.

2.2 Análise avaliativa do ensino e da aprendizagem: novos espaços de ensinar e de aprender
Pretendemos avaliar os novos espaços de ensino-aprendizagem construtivistas, citados ao longo do Projeto. Esta avaliação passa pela pesquisa sobre aspectos específicos das novas relações de ensinar e aprender por meio das novas tecnologias. Considerando a perspectiva construtivista de ensino-aprendizagem fundamentada em ambientes de aprendizagem, a avaliação prioriza a análise dos processos de desenvolvimento educacionais com uso de tecnologias digitais.
Outros aspectos também serão avaliados como, por exemplo, os problemas freqüentes enfrentados pelos professores e alunos com base em trabalho colaborativo, procurando avaliar como se dá os trabalhos de grupo, se há motivação e estruturação colaborativa, entre estudantes x estudantes e estudantes x professores, conservação do conhecimento do grupo e coordenação e cumprimento do processo auto-avaliativo. Serão avaliados também as características da interatividade e comunicação dos trabalhos produzidos pelos grupos no processo de ensino-aprendizagem, interação com o AVA, feedback, como são utilizados os bate-papo e dificuldades para expressar suas idéias on-line como se dá a argumentação e explanação do pensamento no AVA.
3 Procedimentos metodológicos de investigação
O computador conectado a internet será usado como suporte metodológico para subsidiar o desenvolvimento da avaliação dos AVA.
Procedimentos feitos por meio de observação, intervenções, mediação, questionários, dentre outros procedimentos on-line que podem surgir ao longo do andamento do projeto de tese.
Para o desenvolvimento desta investigação, nos apropriaremos da pesquisa participante[1] numa abordagem qualitativa[2] e de estudo de caso. A avaliação dos AVA se dará numa perspectiva formativa, pautada no invariável acompanhamento do processo de ensino-aprendizagem, por meio de intervenção quando necessário. A escolha de uma pesquisa participante ocorre após algumas leituras sobre o campo das pesquisas educacionais e por considerar que nossa pesquisa necessita de intervenções e ações, em que eu possa, enquanto pesquisadora, elaborar um plano de ação que venha ao entendimento e à visão dos sujeitos a serem pesquisados.
A pesquisa qualitativa contribui nesta investigação no sentido de que não se preocupa com a quantificação dos dados, mas também não os despreza. O principal instrumento nesta pesquisa é o pesquisador, levando-o diretamente para o contato direto com o contexto onde ocorre a investigação e, cujos dados serão colhidos diretamente no ambiente onde ocorre a pesquisa.
Aliada à forma qualitativa, os registro e coleta de dados, serão organizados com base na pesquisa participante por suas características bem definidas, que são a autenticidade e o compromisso, o antidogmatismo, a restituição sistemática do conhecimento produzido e a moderação metodológica e técnica. (DEMO, 1982). A autenticidade e o compromisso descreverão o nível de meu comprometimento enquanto pesquisadora com o objeto de estudo e os subsídios que ele pode proporcionar no transcorrer da investigação.
Na página a seguir poderemos analisar e validar o quadro que demonstra o cronograma de desenvolvimento da pesquisa. Porém, enfatizamos que tal cronograma é passivo de mudanças, pois tende a se adequar ao programa de pós-graduação e aos interesses também do(a) orientador(a).





3.1Cronograma de Execução




ATIVIVIDADE
2010
2011
1° SEM.
2º. Semestre
1° SEM.
2° SEM.
01.
Escolha das ferramentas a serem usadas no Projeto




02.
Qualificação do Projeto




03.
Avaliar e testar os instrumentos metodológicos




04.
Desenvolvimento do Projeto




05.
Análise, discussão e organização dos dados colhidos.




06.
Conclusão dos dados





3.2 Delimitação do local da pesquisa
Nosso projeto será realizada no contexto dos AVAs, especificamente queremos analisar as os AVA TelEduc, Moodle e Solar.
O desenvolvimento do projeto tece como suporte um programa de atividades que contempla os objetivos previamente definidos.
Ao final deste projeto, almejamos que os dados colhidos sirvam como fundamento de ordenamento para auxiliar e conduzir propostas metodológicas que visem à melhoria da formação dos professores e seu preparo para o uso do computador na educação, bem como à constituição da Tese de doutorado como resultado do projeto, além de disseminar a experiência vivenciada em publicações em revistas de educação, artigos e capítulos de livros.

3.3 Coleta dos dados
Os dados serão colhidos por meio de questionários, entrevistas, diálogo, observação direta, conversas informais, intervenções, sessões didáticas, bem como o computador por meio de um software. (a ser definido).




4 Considerações
Almejamos que os dados a serem apresentados pela análise avaliativa dos AVA devam possibilitar a identificação das informações que balizam a avaliação do ensino-aprendizagem no plano colaborativo, envolvendo acessos no plano individual e as análises destas informações podem permitir durante a pesquisa a verificação da existência (ou não) de conflito sócio-cognitivo, evidenciar progressos cognitivos a partir de uma perspectiva individual, identificar o equilíbrio/desequilíbrio no processo colaborativo ou ainda identificar o tipo de relação que se constitui a partir dessas trocas cooperativas (ou não).
A análise dos AVA como novos espaços de ensinar e aprender como eixo norteador numa concepção construtivista de ensino-aprendizagem pode ser feita à luz de diferentes e novos paradigmas.
Diante deste cenário, podemos esperar que a Escola, sinta necessidade de mudança nos aspectos estruturais e pedagógicos. Pois, essa nova sociedade que se surge, exige um professor e um aluno diferente que atuem num mundo em constante transformação.
A visão de educar para o futuro é suprimida pela visão de educar para o hoje, pois o futuro é agora e, educar hoje, constitui colaborar, trabalhar junto, está aberto para novas formas de construir o conhecimento, sob uma ótica multidisciplinar.
Dessa forma, podemos categoricamente afirmar que os novos espaços de ensinar-aprender tem um viés pedagógico condizente com a realidade atual, pois se o cyberespaço é um novo espaço de ensino-aprendizagem, analisar esses espaços é uma proposta pedagogicamente correta, mas deixemos claro que esse novo modelo não almeja substituir o modelo presencial, o que ele propõe é acrescentar esforços no intuito de promover o avanço da qualidade educacional.






5 Referências
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PERRENOUD, Philippe. A prática Reflexiva no Ofício de Professor: Profissionalização e Razão Pedagógica. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.
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ZEICHNER, K. M. A formação reflexiva de professores – Idéias e práticas. Lisboa, Educa, 1993.
[1] Quando se desenvolve a partir da interação de pesquisadores e membros das situações investigadas.
[2] Visando a entender o fenômeno segundo a perspectiva dos sujeitos (UNESC, 2005).